Bem-vindo(a) a uma jornada gastronômica pelo Nordeste brasileiro, uma região repleta de sabores, cores e aromas que expressam a diversidade cultural do nosso país. Se você ainda não teve a oportunidade de experimentar a comida nordestina, prepare-se para uma verdadeira viagem de sensações e emoções.
A gastronomia do Nordeste é uma mistura única de influências africanas, indígenas e europeias, que foram se fundindo ao longo dos séculos para criar pratos incrivelmente saborosos e nutritivos. São receitas que contam histórias de lutas, conquistas e resistência, e que se tornaram uma parte essencial da identidade cultural da região.
Mas não se engane, a culinária nordestina não é apenas uma questão de sabor. Ela também é uma celebração da diversidade, da comunhão e da alegria de viver.
Os pratos típicos do Nordeste são feitos para serem compartilhados em família, entre amigos e em momentos de festa e celebração. São comidas que aquecem a alma, unem as pessoas e trazem uma sensação de conforto e bem-estar.
Neste artigo, vamos apresentar a você, 18 dos pratos mais famosos e deliciosos da comida nordestina, com suas receitas originais e dicas de preparo. Vamos explorar a riqueza dos ingredientes, os segredos dos temperos e especiarias, e a história por trás de cada um deles.
Esperamos que você se encante com essa deliciosa viagem gastronômica pelo Nordeste e que descubra novos sabores e experiências únicas. Vamos lá?
Índice:
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Acarajé da Bahia
O acarajé é um quitute dos mais populares e tradicionais da culinária baiana, especialmente em Salvador. É um prato típico da culinária afro-brasileira e tem origem na região da África Ocidental.
Ele foi trazido para o Brasil durante o período da escravidão, pelos povos de língua iorubá, que foram trazidos da Nigéria, Benim e Togo para trabalhar nas plantações de cana-de-açúcar da Bahia.
É um bolinho feito com massa de feijão-fradinho moído, temperada com cebola, sal e frito em azeite de dendê. Geralmente é servido com vatapá, caruru, camarão seco, salada e pimenta.
Na Bahia, o acarajé é um alimento muito importante e é frequentemente vendido nas ruas por baianas, mulheres negras vestidas com roupas típicas e turbantes coloridos. O acarajé é considerado um símbolo da cultura afro-brasileira e é reconhecido como patrimônio imaterial do Brasil.
1. Receita de Acarajé Baiano Original
Ingredientes:
- 500g de feijão-fradinho;
- 1 cebola média picadinha;
- 2 colheres de chá de sal;
- Cerca de 1 litro de óleo de dendê para fritar;
- Vatapá, caruru, camarão seco e pimenta para o recheio.
Modo de preparo:
- Lave bem o feijão-fradinho e deixe-o de molho por cerca de 6 horas em água fria.
- Escorra a água e coloque o feijão no liquidificador, adicionando água até que fique coberto.
- Bata vigorosamente até que a massa fique bem lisa e homogênea. Adicione a cebola picada e o sal e bata novamente.
- Despeje a massa em uma tigela e bata vigorosamente com uma colher de pau até que a massa fique aerada e mais clara.
- Aqueça o óleo de dendê em uma panela funda até que esteja bem quente.
- Com uma colher, forme pequenos bolinhos com a massa e coloque-os cuidadosamente no óleo quente. Frite até que fiquem dourados e crocantes, virando-os ocasionalmente.
- Retire os bolinhos da panela utilizando uma escumadeira e disponha-os sobre papel-toalha para que o excesso de óleo seja absorvido.
- Corte os bolinhos ao meio e recheie com vatapá, caruru, camarão seco e pimenta a gosto. Sirva quente!
Dica: a temperatura ideal do azeite de dendê para fritar o acarajé é em torno de 180°C a 190°C. É importante manter a temperatura constante durante a fritura para garantir que o bolinho fique crocante e dourado por fora, e macio e saboroso por dentro.
Se a temperatura estiver muito baixa, o acarajé absorverá muito óleo e ficará mole e gorduroso. Se a temperatura estiver muito alta, o bolinho ficará queimado por fora e cru por dentro. Por isso, é importante usar um termômetro de cozinha para medir a temperatura do óleo e ajustar o fogo conforme necessário.
2. Receita de Vatapá para Rechear o Acarajé
O vatapá é um dos recheios mais populares do acarajé baiano. É um creme de consistência cremosa, feito com pão amanhecido, leite de coco, camarão seco, cebola, azeite de dendê, castanha-de-caju e temperos. Veja a receita tradicional:
Ingredientes:
- 200g de pão amanhecido;
- 500ml de leite de coco;
- 250g de camarão seco sem casca;
- 1 cebola grande picada;
- 1/2 xícara de azeite de dendê;
- 1/2 xícara de castanhas de caju picadas;
- 1 colher de chá de sal;
- Pimenta-do-reino a gosto.
Modo de preparo:
- Deixe o pão de molho no leite de coco por cerca de 30 minutos.
- Refogue a cebola em uma panela com um fio de azeite de dendê até que fique dourada.
- Adicione o camarão seco e refogue por mais alguns minutos.
- Acrescente o pão amanhecido com o leite de coco e misture bem.
- Adicione a castanha-de-caju picada e misture novamente.
- Tempere com sal e pimenta-do-reino a gosto.
- Cozinhe em fogo baixo, mexendo sempre, até que o vatapá fique cremoso e homogêneo.
- Desligue o fogo e deixe o vatapá esfriar antes de rechear o acarajé.
- Recheie o acarajé com o vatapá e sirva.
Dica: você também pode adicionar outros ingredientes, como amendoim torrado, coentro, gengibre e pimenta-de-cheiro, para dar mais sabor ao seu vatapá.
3. Como fazer Caruru para rechear o Acarajé
O caruru é o outro recheio tradicional do acarajé baiano. É um ensopado cremoso feito com quiabo, camarão seco, castanha-de-caju, amendoim, azeite de dendê e temperos. Veja a receita de caruru passo a passo:
Ingredientes:
- 500g de quiabo;
- 250g de camarão seco sem casca;
- 1 cebola grande picada;
- 1/2 xícara de azeite de dendê;
- 1/2 xícara de castanha de caju picadinha;
- 1/2 xícara de amendoins torrados e moídos;
- 1 colher de chá de sal;
- Pimenta-do-reino a gosto.
Modo de preparo:
- Lave os quiabos, retire as extremidades e corte em rodelas finas.
- Refogue a cebola no azeite de dendê em uma panela, até que fique bem dourada.
- Adicione o camarão seco e refogue por mais alguns minutos.
- Acrescente o quiabo e misture bem.
- Adicione água suficiente para cobrir o quiabo e deixe cozinhar em fogo baixo até que fique macio, mexendo ocasionalmente.
- Quando o quiabo estiver cozido, adicione a castanha-de-caju e o amendoim moído e misture novamente.
- Tempere com pimenta-do-reino e sal a gosto.
- Deixe o caruru apurar em fogo baixo até que fique cremoso e homogêneo.
- Desligue o fogo e deixe o caruru esfriar antes de rechear o acarajé.
- Recheie o acarajé com o caruru e sirva.
Dica: você pode acrescentar outros ingredientes, como camarão fresco, peixe ou frango desfiado, para dar mais sabor e textura ao seu caruru. Além disso, algumas pessoas adicionam camarões inteiros por cima do caruru antes de servir.
Baião de Dois
O baião de dois é um prato nordestino muito popular, principalmente nos estados de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte. Sua origem também remonta à época do Brasil colonial.
O nome “baião de dois” tem origem em uma dança popular do Nordeste, o baião, que por sua vez recebeu esse nome em referência ao instrumento musical utilizado para acompanhá-lo, a sanfona de oito baixos.
O prato em si é uma mistura de feijão de corda cozido com arroz, geralmente acompanhado de carne seca, queijo coalho, manteiga de garrafa e temperos como cebola, alho, coentro e pimenta. A combinação desses ingredientes resulta em um prato saboroso e nutritivo, que se tornou uma tradição culinária da região Nordeste do Brasil.
4. Receita de Baião de Dois nordestino tradicional
Ingredientes:
- 500g de feijão de corda;
- 250g de arroz;
- 150g de carne de sol previamente dessalgada;
- 150g de linguiça calabresa;
- 1 cebola grande picada;
- 2 dentes de alho picados;
- 2 tomates picados;
- 1 pimentão picado;
- 1 colher de sopa bem cheia de manteiga de garrafa;
- Coentro e sal a gosto.
Veja como dessalgar a carne seca de 2 formas bem práticas neste artigo!
Modo de preparo:
1 – Cozinhe o feijão de corda em água com sal até ficar macio. Reserve.
2 – Em outra panela, coloque água para ferver e cozinhe a carne de sol até ficar macia. Depois, desfie e reserve.
3 – Corte a linguiça calabresa em rodelas e frite em uma panela com manteiga de garrafa até dourar. Retire e reserve.
4 – Na mesma panela da linguiça, adicione a cebola e o alho picados e refogue até ficar dourado.
5 – Adicione o tomate e o pimentão picados e refogue por mais alguns minutos.
6 – Acrescente a carne de sol desfiada, a linguiça calabresa e o feijão cozido com a água do cozimento. Deixe cozinhar por cerca de 10 minutos.
7 – Adicione o arroz e a quantidade de água necessária para cozinhar. Acerte o sal a gosto e deixe cozinhar até o arroz estar pronto.
8 – Quando o arroz estiver cozido, adicione o coentro picado e misture bem.
9 – Sirva o baião de 2 quente acompanhado de vinagrete e banana-da-terra frita.
Dica: o baião de dois é uma receita muito versátil e pode ser adaptada de acordo com o seu gosto pessoal. Você pode adicionar outros ingredientes como milho, bacon, queijo coalho, entre outros.
A banana-da-terra frita é um acompanhamento tradicional, mas também pode ser substituída por batata-doce ou mandiocas fritas.
5. Buchada de Bode
A buchada de bode é uma das comidas típicas do Nordeste, e sua origem remonta também aos tempos do período colonial, quando o consumo de carne de cabra e bode era bastante comum entre os escravos e a população mais pobre.
A buchada de bode é feita com as vísceras do animal, como o bucho, o fígado, coração, tripas, rins e intestino, que são limpos e cozidos juntamente com temperos e especiarias, como cebola, alho, coentro, pimenta e cominho.
O prato é servido com arroz, feijão e outros acompanhamentos típicos do Nordeste, como macaxeira, inhame e batata-doce.
Acredita-se que a buchada de bode tenha surgido como uma forma de aproveitar todas as partes do animal, já que a carne de bode é bastante magra e as vísceras eram muitas vezes descartadas.
Com o tempo, o prato tornou-se uma especialidade da culinária nordestina e é bastante apreciado em toda a região. Com um sabor forte e delicioso, é ideal para quem gosta de pratos exóticos.
Ingredientes:
- 1 bucho de bode;
- 500g de fígado de bode;
- 500g de tripas de bode;
- 1 cebola grande picada;
- 4 dentes de alho picados;
- 2 tomates picados;
- 2 pimentões picados;
- 1 xícara de coentro picado;
- 1 xícara de cebolinha picada;
- 1 xícara de hortelã picadinha;
- 2 limões;
- Sal a gosto;
- Pimenta-do-reino a gosto;
- Cominho a gosto;
- Óleo de soja, azeite ou banha de porco para refogar;
- Água suficiente para cozinhar as vísceras;
- Farinha de mandioca para acompanhar.
Modo de preparo:
1- Limpe bem as vísceras em água corrente, retire todo o excesso de gordura e corte em pedaços pequenos.
2 – Tempere-as com o suco de limão, sal, pimenta-do-reino e cominho e deixe marinar por cerca de 1 hora.
3 – Em uma panela grande, aqueça o óleo ou banha de porco e refogue a cebola e o alho até dourar.
4 – Adicione as vísceras e refogue por cerca de 15 minutos.
5 – Acrescente os tomates, os pimentões e o coentro e refogue por mais alguns minutos.
6 – Em seguida, adicione água suficiente para cobrir as vísceras e deixe cozinhar em fogo médio por aproximadamente 1 hora ou até que elas estejam macias.
7 – Durante o cozimento, é importante retirar a espuma que se forma na superfície do caldo.
8 – Quando as vísceras estiverem cozidas, acrescente a cebolinha e a hortelã e deixe cozinhar por mais alguns minutos.
9 – Verifique o tempero e ajuste se necessário.
Sirva a buchada de bode quente, acompanhada de farinha de mandioca e mais folhas de coentro e hortelã picadas por cima, se desejar. Aproveite!
6. Carne de Sol com Macaxeira
Com certeza a carne de sol com macaxeira é um prato muito popular na culinária nordestina do Brasil. Aqui está a receita, muito simples de preparar e deliciosa para você experimentar:
Ingredientes:
- 1 kg de carne de sol;
- 1 kg de macaxeira;
- 2 cebolas grandes;
- 4 dentes de alho;
- 1 pimentão;
- 2 tomates;
- Cheiro-verde a gosto;
- Óleo de soja ou manteiga;
- Sal e pimenta a gosto;
- Pimenta biquinho para decorar (opcional).
Modo de preparo:
1 – Deixe a carne de sol de molho na água fria por cerca de 24 horas, trocando a água de vez em quando para retirar o excesso de sal.
2 – Corte a carne de sol em pedaços pequenos e reserve.
3 – Descasque as macaxeiras e corte-as em pedaços. Coloque-as para cozinhar em água com sal até que estejam macias. Escorra e reserve.
4 – Em uma panela, aqueça o óleo ou a manteiga e refogue a cebola e o alho picados.
5 – Acrescente a carne de sol e deixe dourar por alguns minutos.
6 – Adicione o pimentão e o tomate picados e deixe cozinhar por mais alguns minutos.
7 – Por último, acrescente a macaxeira cozida e misture tudo.
8 – Deixe cozinhar por alguns minutos, mexendo de vez em quando para não grudar no fundo da panela.
9 – Acerte o sal e a pimenta a gosto.
10 – Sirva a carne de sol com macaxeira acompanhada de cheiro-verde picado por cima e bom apetite!
Dica: caso você tenha decidido preparar essa receita de última hora, descubra como dessalgar a carne seca em 5 minutos no vídeo abaixo. Aperte o play!
7. Como fazer Cuscuz Nordestino
O cuscuz nordestino teve sua origem na culinária berbere do Norte da África, mais especificamente em países como Marrocos, Argélia e Tunísia. Acredita-se que essa receita tenha sido introduzida no Brasil também durante o período colonial, pelos escravos africanos.
O cuscuz foi adaptado para os ingredientes e sabores locais, e tornou-se uma iguaria especialmente popular e tradicional nas regiões Nordeste e Norte do país.
Ele é feito a partir de uma mistura de farinha de milho com água e sal, que é cozida no vapor em uma cuscuzeira nordestina, um utensílio próprio para prepará-lo.
Depois de pronto, é servido acompanhado de carne de sol, queijo coalho, manteiga de garrafa, leite de coco, entre outros ingredientes. Existem diversas variações da receita, mas aqui está a versão tradicional e original:
Ingredientes:
- 500g de farinha de milho;
- 500ml de água;
- 1 colher de chá de sal;
- 2 colheres de sopa de óleo;
- 2 cebolas médias picadas;
- 2 dentes de alho picados;
- 2 tomates picados;
- 1 pimentão verde picado;
- 1 pimentão vermelho picado;
- 1 lata de sardinha ou outro peixe de sua preferência (opcional);
- 1 xícara de chá de água;
- Sal a gosto.
Modo de preparo:
1 – Em uma tigela grande, misture a farinha de milho, a água e o sal até formar uma massa homogênea. Reserve.
2 – Em uma panela grande, aqueça o óleo e refogue a cebola e o alho até ficarem dourados.
3 – Adicione os tomates e os pimentões e refogue por mais alguns minutos.
4 – Se estiver usando sardinha ou outro peixe, adicione-o à panela e deixe cozinhar por alguns minutos.
5 – Adicione uma xícara de água à panela e tempere com sal a gosto. Deixe ferver por mais alguns minutos.
6 – Coloque a mistura de farinha de milho na cuscuzeira, apertando com as mãos para que fique bem compacta.
7 – Coloque a cuscuzeira na panela com a mistura de legumes e peixe e deixe cozinhar por cerca de 30 minutos.
8 – Quando o cuscuz estiver pronto, retire a cuscuzeira da panela e desenforme o cuscuz em um prato.
Sirva quente ou frio, acompanhado de manteiga, queijo coalho, ovos cozidos, leite ou café. O cuscuz nordestino é um prato versátil que pode ser apreciado em qualquer hora do dia.
8. Receita de Moqueca de Peixe
A moqueca de peixe é um prato típico da culinária brasileira, especialmente dos estados da Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro, e teve sua origem nos povos indígenas que habitavam a região costeira do Brasil antes da chegada dos colonizadores europeus.
Os índios utilizavam uma técnica de cozimento em panelas de barro, que consistia em cozinhar os alimentos em fogo baixo, com pouca água e temperos. A partir dessa técnica, surgiu a moqueca, que se tornou um prato tradicional da culinária baiana.
Na Bahia, a moqueca é feita com dendê e leite de coco, além de outros ingredientes como cebola, tomate, pimentão e coentro. Já no Espírito Santo, a moqueca é feita com urucum, que dá uma cor avermelhada ao prato, e sem leite de coco. Ambas as versões são muito apreciadas e fazem parte da identidade cultural e gastronômica desses estados.
Veja abaixo como preparar a versão baiana da moqueca de peixe que é um prato muito saboroso e aromático, ideal para quem gosta de peixes e frutos do mar.
Ingredientes:
- 1 kg de peixe em postas (pode ser robalo, dourado, badejo ou outro de sua preferência);
- 3 tomates grandes;
- 2 cebolas grandes;
- 1 pimentão grande;
- 1/2 xícara de coentro picado;
- 1/2 xícara de azeite de dendê;
- 1/2 xícara de leite de coco;
- 2 limões;
- Sal e pimenta-do-reino a gosto.
Modo de preparo:
1 – Comece temperando o peixe com sal e suco de limão e deixe marinar por cerca de 30 minutos.
2 – Em uma panela grande, refogue as cebolas picadas em azeite de dendê até ficarem transparentes.
3 – Acrescente os tomates picados e deixe cozinhar por alguns minutos até formar um molho espesso.
4 – Adicione o pimentão picado, o coentro e tempere com sal e pimenta-do-reino a gosto. Deixe cozinhar por mais alguns minutos.
5 – Coloque as postas de peixe na panela, cubra com o molho e deixe cozinhar em fogo baixo por cerca de 15 a 20 minutos, ou até que o peixe esteja macio e cozido por completo.
6 – Adicione o leite de coco e misture delicadamente. Deixe cozinhar por mais alguns minutos.
7 – Sirva a moqueca bem quente, acompanhada de arroz branco e pirão de peixe.
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9. Como fazer Sarapatel
O sarapatel é um prato de origem portuguesa que foi adaptado e popularizado na culinária do Nordeste brasileiro, especialmente nos estados de Pernambuco, Bahia e Paraíba.
Acredita-se que a receita tenha sido trazida pelos colonizadores portugueses também durante o período colonial, e ao longo dos anos foi sendo adaptada com ingredientes e temperos locais, tornando-se um prato típico da região.
Feito tradicionalmente com partes do porco que não são muito utilizadas na culinária, como fígado, coração e tripas, cozidos em um caldo bem temperado e condimentado, o prato é muito apreciado na região e é considerado uma iguaria por muitos. Veja como preparar seu sarapatel:
Ingredientes:
- 1 kg de fígado, coração e tripas de porco;
- 1 cebola grande picada;
- 4 dentes de alho picados;
- 2 tomates picados;
- 1 pimentão verde picado;
- 1 colher de sopa de colorau;
- 1 colher de sopa de cominho em pó;
- 1 colher de sopa de coentro em pó;
- 1/2 xícara de vinagre;
- Sal e pimenta-do-reino a gosto;
- Cheiro verde picado a gosto;
- Óleo de soja para refogar.
Modo de preparo:
1 – Lave bem as vísceras em água corrente e corte em pedaços pequenos.
2 – Em uma panela grande, refogue a cebola, o alho e o pimentão no óleo até dourar.
3 – Adicione as vísceras na panela e mexa bem para que fiquem cobertas pelo tempero. Deixe cozinhar por cerca de 15 minutos.
4 – Acrescente o tomate picado, o colorau, o cominho, o coentro em pó, o vinagre, o sal e a pimenta-do-reino. Misture tudo e deixe cozinhar por mais 10 minutos.
5 – Adicione água na panela até cobrir as vísceras e deixe cozinhar em fogo baixo por cerca de 1 hora, mexendo de vez em quando.
6 – Quando as vísceras estiverem macias, retire do fogo e deixe esfriar um pouco.
7 – Corte-as em pedaços menores e coloque novamente na panela com o caldo. Deixe ferver por mais alguns minutos até o caldo engrossar.
8 – Ajuste o sal e a pimenta-do-reino, se necessário, e adicione o cheiro-verde picado.
9 – Sirva o sarapatel quente acompanhado de arroz branco e farofa.
10. Receita de Tapioca
A tapioca é um alimento bastante presente na culinária nordestina do Brasil, sendo considerada um dos símbolos gastronômicos da região. Isso se deve em grande parte à abundância de mandioca na região, que é a base para a produção da tapioca, mas sua origem remonta aos povos indígenas da América do Sul, especialmente no território que hoje compreende o Brasil, Paraguai e Bolívia.
A palavra “tapioca” vem do tupi-guarani “tipi’óka”, que significa “coágulo”, em referência à consistência que a goma adquire quando é hidratada e transformada em massa. Os povos indígenas utilizavam a mandioca, raiz abundante na região, como base para produzir diversos alimentos, incluindo a tapioca.
Na culinária nordestina, a tapioca é muito consumida como uma opção de café da manhã ou lanche rápido. Geralmente é servida com manteiga ou coco ralado, mas existem também muitas variações de recheios salgados, como queijo coalho, carne de sol, frango, ovos mexidos, e também com uma grande variedade de recheios doces.
Além disso, a tapioca tem uma forte presença na cultura e tradições da região, estando presente em festas populares, como as festas juninas, e em manifestações culturais, como o bumba-meu-boi e o maracatu.
Veja como é simples preparar a receita de tapioca:
Ingredientes:
- 1 xícara (chá) de farinha de tapioca;
- Sal a gosto;
- Água.
Modo de preparo:
1 – Em uma tigela, misture a farinha de tapioca com o sal a gosto.
2 – Adicione água aos poucos, misturando com as mãos, até formar uma massa homogênea e úmida.
3 – Aqueça uma frigideira antiaderente em fogo médio.
4 – Com uma colher, pegue uma porção de massa e espalhe na frigideira, formando um disco fino.
5 – Deixe cozinhar por cerca de 1 minuto, ou até que a tapioca comece a desgrudar do fundo da frigideira.
6 – Com o auxílio de uma espátula, vire a tapioca e deixe cozinhar do outro lado por mais 30 segundos.
7 – Retire a tapioca da frigideira e sirva com o recheio de sua preferência.
Dica: algumas opções de recheio para tapioca são queijo, presunto, frango desfiado, carne seca, coco ralado, leite condensado, chocolate, entre outros.
11. Como fazer Galinha à Cabidela
A galinha à cabidela é prato tradicional em diversos países, incluindo Portugal, Espanha, Angola, Moçambique e Brasil. A origem exata do prato é desconhecida, mas é provável que tenha sido criado em Portugal e depois levado para as colônias portuguesas durante o período colonial.
Em Portugal, a galinha à cabidela é um prato muito popular e tradicional, especialmente na região do Minho. Acredita-se que o nome “cabidela” venha do termo “cabeça”, que se refere ao sangue do animal que é usado para fazer o molho escuro e azedo.
No Brasil, a galinha à cabidela é um dos pratos típicos do Nordeste, onde é feita com o sangue da galinha cozido junto com outros temperos e ingredientes, como cebola, alho e vinagre.
É um prato bastante apreciado na culinária nordestina e é frequentemente servido em ocasiões especiais, como festas juninas e casamentos. Aqui está a receita de galinha à cabidela nordestina tradicional:
Ingredientes:
- 1 galinha cortada em pedaços;
- 1 cebola média picada;
- 4 dentes de alho picados;
- 1 pimentão verde picado;
- 1 tomate picado;
- 1/2 xícara de vinagre de vinho branco;
- 1/2 xícara de água;
- 2 colheres de sopa de azeite de oliva;
- Sal a gosto;
- Pimenta-do-reino a gosto;
- 1 xícara de sangue de galinha.
Modo de preparo:
1 – Tempere os pedaços de galinha com sal e pimenta-do-reino a gosto.
2 – Em uma panela grande, aqueça o azeite em fogo médio. Adicione a cebola, o alho e o pimentão e refogue até que a cebola fique macia.
3 – Adicione a galinha na panela e deixe cozinhar por cerca de 15 minutos, mexendo ocasionalmente.
4 – Adicione o tomate picado e continue a cozinhar por mais 5 minutos.
5 – Adicione o vinagre de vinho branco e a água e deixe ferver por cerca de 10 minutos.
6 – Adicione o sangue de galinha e misture bem. Cozinhe por mais 10 a 15 minutos, mexendo ocasionalmente.
7 – Prove o molho e ajuste o sal e a pimenta a gosto.
8 – Sirva a galinha à cabidela quente com arroz branco e farofa.
Observação: o sangue de galinha pode ser encontrado em açougues ou mercados especializados. Certifique-se de que o sangue esteja fresco antes de adicioná-lo ao prato.
12. Receita de Escondidinho Nordestino Tradicional
O escondidinho é um dos mais populares pratos típicos do Nordeste. Ele é feito com carne de sol e macaxeira (também conhecida como mandioca ou aipim), e é uma refeição reconfortante e saborosa.
Acredita-se que a receita de escondidinho nordestino tenha sido criada no estado de Pernambuco, como uma maneira de aproveitar sobras de carne e de macaxeira, que são ingredientes comuns na culinária nordestina.
Ao longo dos anos, a receita foi sendo aprimorada e se tornou um prato bastante apreciado em todo o país. Tanto que hoje em dia, o escondidinho nordestino é considerado um prato típico da culinária brasileira e é servido em muitos restaurantes e bares em todo o país.
Aqui está o passo a passo para preparar o escondidinho nordestino tradicional:
Ingredientes:
- 1 kg de carne de sol dessalgada e desfiada;
- 1 kg de macaxeira descascada e cortada em pedaços;
- 1 cebola picada;
- 4 dentes de alho picados;
- 1 pimentão verde picado;
- 1 tomate picado;
- 2 colheres de sopa de azeite de oliva;
- 1 xícara de leite;
- 1 xícara de queijo coalho ralado;
- Sal e pimenta-do-reino a gosto.
Modo de preparo:
1 – Em uma panela grande, cozinhe a carne de sol dessalgada e desfiada em água fervente por cerca de 15 minutos. Escorra e reserve.
2 – Em outra panela, cozinhe a macaxeira em água fervente com sal até que fique macia. Escorra e reserve.
3 – Em uma frigideira, refogue a cebola, o alho, o pimentão e o tomate no azeite de oliva até que fiquem macios.
4 – Adicione a carne de sol desfiada ao refogado e misture bem. Tempere com sal e pimenta-do-reino a gosto.
5 – Em um liquidificador, bata a macaxeira cozida com o leite até formar um purê liso e homogêneo.
6 – Em um refratário grande, coloque metade do purê de macaxeira. Por cima, coloque a mistura de carne de sol e cubra com o restante do purê.
7 – Salpique o queijo coalho ralado por cima do purê e leve ao forno preaquecido a 180°C por cerca de 30 minutos, ou até que o queijo esteja dourado e o escondidinho esteja quente e borbulhante.
8 – Sirva quente!
13. Como fazer Xinxim de Galinha
O xinxim de galinha é um prato típico da culinária afro-brasileira e tem origem especificamente na Bahia. Acredita-se que o prato tenha sido criado pelos escravos que combinaram as técnicas culinárias africanas com ingredientes locais.
O nome “xinxim” tem origem na língua banto, falada por povos do Congo, Angola e Moçambique, que foram trazidos ao Brasil como escravos. Na língua banto, “xim” significa amendoim e o prato tradicionalmente é feito com pasta de amendoim, além de outros ingredientes como dendê, leite de coco, frango e camarão seco. O xinxim de galinha é um prato muito saboroso e bastante popular em todo o Brasil. Veja como prepará-lo:
Ingredientes:
- 1 kg de peito de frango em cubos;
- 500g de camarão seco descascado;
- 2 cebolas picadas;
- 4 dentes de alho picados;
- 1 pimentão verde picado;
- 1 pimentão vermelho picado;
- 1/2 xícara de azeite de dendê;
- 1/2 xícara de óleo;
- 2 colheres de sopa de gengibre ralado;
- 1 colher de sopa de sal;
- 1 colher de sopa de coentro picado;
- 1 colher de sopa de cebolinha picada;
- 1 lata de leite de coco.
Modo de preparo:
1 – Em uma panela grande, aqueça o azeite de dendê e o óleo.
2 – Adicione a cebola, o alho e os pimentões e refogue até que fiquem macios.
3 – Adicione o frango e refogue até que esteja dourado.
4 – Adicione o camarão seco e o gengibre e refogue por mais alguns minutos.
5 – Adicione água suficiente para cobrir os ingredientes e deixe cozinhar até que o frango esteja macio e o caldo tenha reduzido um pouco.
6 – Adicione o leite de coco, o sal e o coentro e deixe cozinhar por mais alguns minutos.
7 – Finalize com a cebolinha picada.
8 – Sirva com arroz branco e farofa de dendê!
14. Receita de Arroz de Hauçá
O arroz de hauçá é um prato típico da Bahia que mistura a riqueza de sabores e influências da culinária africana e brasileira. Sua preparação leva ingredientes marcantes como a carne seca, o camarão seco, o dendê e uma variedade de temperos e especiarias, que juntos criam uma combinação de sabores irresistível.
Dizem que o nome do prato tem origem na cidade de Hauçá, na Nigéria, que foi um importante ponto de comércio de escravos para o Brasil durante o período colonial. Os escravos que foram trazidos de lá trouxeram consigo suas tradições culinárias, que foram incorporadas na culinária brasileira.
Hoje em dia, o arroz de hauçá é um prato muito popular em todo o país, especialmente nas regiões que foram influenciadas pela culinária baiana, como o Nordeste e o Sudeste. Sua combinação de ingredientes e sabores exóticos o torna um prato ideal para ser servido em ocasiões especiais.
Ingredientes:
- 500g de carne seca
- 500g de camarão seco
- 2 cebolas grandes picadas
- 4 dentes de alho picados
- 2 pimentões verdes picados
- 1 pimenta dedo-de-moça picada (opcional)
- 2 tomates picados
- 1/2 xícara de coentro picado
- 2 colheres de sopa de azeite de dendê
- 2 colheres de sopa de óleo
- 4 xícaras de arroz lavado e escorrido
- 1 litro de água
- Sal a gosto
Modo de preparo:
1 – Deixe a carne seca de molho na água por cerca de 24 horas, trocando a água a cada 6 horas. Escorra e desfie a carne em pedaços pequenos.
2 – Deixe o camarão seco de molho na água por cerca de 2 horas. Escorra e reserve.
3 – Em uma panela grande, aqueça o óleo e o azeite de dendê em fogo médio. Adicione a cebola e o alho e refogue até dourar.
4 – Acrescente a carne seca e frite por cerca de 5 minutos, mexendo sempre.
5 – Adicione o pimentão, a pimenta dedo-de-moça (se estiver usando) e os tomates picados. Refogue por mais alguns minutos até os legumes ficarem macios.
6 – Adicione o arroz e frite por mais alguns minutos, mexendo sempre.
7 – Acrescente o camarão seco e o coentro picado. Mexa bem.
8 – Adicione a água e o sal a gosto. Misture tudo.
9 – Tampe a panela e deixe cozinhar em fogo médio por cerca de 20 a 25 minutos, até que a água seja absorvida e o arroz esteja cozido.
10 – Sirva o Arroz de Hauçá quente, acompanhado de salada verde ou vinagrete.
15. Receita de Mungunzá Salgado
A origem exata do mungunzá salgado é incerta, mas é possível que ele tenha surgido da necessidade de aproveitar os grãos de milho após a colheita e armazenamento para o período de escassez de alimentos. Na região Nordeste é comum encontrar pratos salgados à base de milho, como a canjica salgada e o angu de milho salgado.
O mungunzá salgado pode ter se desenvolvido a partir dessas receitas, com a adição de ingredientes como carne, linguiça, legumes e temperos. É uma opção deliciosa para quem quer variar o consumo de milho e aproveitar os seus benefícios nutricionais, como as fibras, vitaminas e minerais. Veja a receita:
Ingredientes:
- 1 xícara de milho amarelo para canjica;
- 6 xícaras de água;
- 1 cebola picada;
- 2 dentes de alho picados;
- 2 colheres de sopa de óleo;
- 1/2 xícara de bacon em cubinhos;
- 1 linguiça calabresa em rodelas;
- 1 pimentão vermelho em cubos;
- Sal e pimenta-do-reino a gosto;
- Salsinha picada para finalizar.
Modo de preparo:
1 – Deixe o milho de molho em água de um dia para o outro. No dia seguinte, escorra a água e lave bem o milho.
2 – Em uma panela de pressão, coloque o milho lavado e as 6 xícaras de água. Deixe cozinhar em fogo médio por cerca de 40 minutos após pegar pressão.
3 – Em outra panela, aqueça o óleo e refogue a cebola e o alho até ficarem dourados.
4 – Acrescente o bacon e deixe fritar até ficar crocante. Em seguida, adicione a linguiça e o pimentão e refogue até que fiquem macios.
5 – Depois do tempo de cozimento do milho, retire a panela do fogo e espere sair toda a pressão.
6 – Abra a panela e verifique se o milho está macio. Se ainda estiver duro, volte ao fogo por mais alguns minutos.
7 – Adicione o refogado de bacon, linguiça, cebola e pimentão na panela de milho cozido. Tempere com sal e pimenta-do-reino a gosto e deixe cozinhar por mais 10 minutos.
8 – Sirva quente, polvilhando salsinha picada por cima.
Doces Nordestinos
O Nordeste do Brasil é conhecido por sua riqueza cultural e gastronômica, e seus doces típicos são uma deliciosa representação dessa diversidade.
Agora, apresentaremos três doces nordestinos que vão te deixar com água na boca: o mungunzá doce, o bolo de rolo e a cartola. Cada uma dessas sobremesas tem sua história e peculiaridades, que tornam a experiência de saboreá-los única e inesquecível.
Então, prepare-se para uma jornada pelos sabores doces do Nordeste e descubra por que eles são tão amados por todos que os experimentam.
16. Como Fazer Mungunzá Doce
O Mungunzá do Nordeste é amplamente conhecido na versão doce, e é especialmente popular nas festas juninas. É feito com grãos de milho branco, cozidos em água com canela em pau até ficarem macios. Depois, é adicionado leite, leite condensado e creme de leite para formar um creme cremoso e doce. É servido quente, geralmente polvilhado com canela em pó.
Algumas variações da receita podem incluir amendoim torrado, coco ralado ou outros ingredientes, como cravo e açúcar. O mungunzá doce é considerado como mais conhecido dos doces nordestinos e faz parte da cultura e da culinária da região. É uma opção deliciosa para dias frios e para celebrar as tradições juninas. Vamos à receita:
Ingredientes:
- 500g de milho para canjica ou mungunzá;
- 1 litro de água;
- 1 xícara de chá de leite;
- 1 pau de canela;
- 1 lata de leite condensado;
- 1 lata de creme de leite;
- 1 pitada de sal;
- Canela em pó para polvilhar.
Modo de Preparo:
1 – Deixe o milho de molho em água de um dia para o outro. No dia seguinte, escorra a água e lave bem o milho.
2 – Em uma panela de pressão, coloque o milho lavado, a água, o sal e a canela em pau. Deixe cozinhar em fogo médio por cerca de 40 minutos após pegar pressão.
3 – Depois do tempo de cozimento, retire a panela do fogo e espere sair toda a pressão.
4 – Abra a panela e verifique se o milho está macio. Se ainda estiver duro, volte ao fogo por mais alguns minutos.
5 – Adicione o leite, o leite condensado e o creme de leite. Misture bem e deixe cozinhar por mais 10 minutos.
6 – Desligue o fogo e sirva quente, polvilhando canela em pó a gosto.
7 – Se preferir, você também pode colocar amendoim torrado ou coco ralado por cima do mungunzá antes de servir.
17. Receita de Bolo de Rolo
O bolo de rolo é um ícone da culinária brasileira e tem uma história fascinante por trás de sua criação. Dizem que o bolo foi criado em Pernambuco, por uma escrava que trabalhava na casa de um comerciante português. Ela usou sua criatividade e habilidade culinária para transformar a receita do rocambole português, adicionando um ingrediente típico da região: a goiabada.
O resultado foi uma sobremesa deliciosa e única, que rapidamente se tornou popular entre os habitantes locais e se espalhou por todo o país. O bolo de rolo consiste em uma massa fina e macia, recheada com goiabada derretida e enrolada em formato de rolo. É um doce tradicional de festas juninas e um símbolo da cultura nordestina.
O processo de preparação do bolo de rolo pode parecer trabalhoso, mas o sabor e a textura do resultado final são recompensadores. Além disso, a receita é versátil e pode ser adaptada com outros tipos de recheios, como doce de leite, chocolate ou frutas.
Então, se você quer experimentar um doce tipicamente brasileiro e conhecer um pouco mais sobre a história da nossa culinária, não deixe de experimentar a receita de bolo de rolo tradicional. Temos certeza de que será um sucesso! Então vamos a ela:
Ingredientes:
- 6 ovos;
- 6 colheres de sopa de açúcar;
- 6 colheres de sopa de farinha de trigo peneirada;
- 1 colher de sopa de manteiga;
- 1 pitada de sal;
- 1/2 xícara de goiabada derretida e peneirada;
- Açúcar de confeiteiro para polvilhar.
Modo de preparo:
1 – Pré-aqueça o forno a 180°C e unte duas assadeiras de aproximadamente 35x25cm com manteiga e farinha de trigo.
2 – Separe as claras das gemas e bata as claras em neve com uma pitada de sal até formar picos firmes.
3 – Adicione o açúcar e as gemas uma a uma, batendo bem a cada adição.
4 – Adicione a farinha de trigo peneirada e misture delicadamente com uma colher de pau ou espátula.
5 – Adicione a manteiga derretida e misture novamente.
6 – Despeje metade da massa em cada assadeira e espalhe com uma espátula, formando camadas bem finas.
7 – Leve ao forno por cerca de 7 a 10 minutos ou até que a massa esteja dourada.
8 – Retire do forno e vire as massas sobre um pano de prato úmido.
9 – Espalhe a goiabada derretida e peneirada sobre as massas.
10 – Enrole as massas com cuidado, pressionando levemente para que fiquem bem firmes.
11 – Deixe esfriar por cerca de 10 minutos e corte em fatias finas.
12 – Polvilhe açúcar de confeiteiro por cima e sirva.
18. Receita de Cartola Nordestina
A Cartola é uma sobremesa de dar água na boca. Ela é uma mistura perfeita de sabores, que agrada tanto os amantes de doces como os amantes de queijo.
Imagine uma fatia de queijo coalho derretido por cima de bananas fritas, cobertas com uma camada de açúcar caramelizado e uma pitada de canela. É difícil resistir a essa tentação!
Acredita-se que o nome “cartola” tenha vindo do acessório usado pelos malabaristas circenses, que lembrava o formato da sobremesa.
Independentemente de sua origem, uma coisa é certa: a Cartola é uma delícia que deve ser experimentada por todos que visitam o Nordeste brasileiro. E agora, com essa receita simples, você pode trazer um pedacinho da cultura e do sabor nordestinos para a sua casa.
Ingredientes:
- 4 bananas maduras;
- 4 fatias de queijo coalho;
- 4 colheres de sopa de açúcar;
- 1 colher de chá de canela em pó;
- Óleo para fritar as bananas;
- Folhas de hortelã (opcional).
Modo de preparo:
1 – Corte as bananas em rodelas e frite em óleo quente até que fiquem douradas. Reserve.
2 – Corte o queijo coalho em fatias finas e reserve.
3 – Em uma frigideira, derreta o açúcar em fogo baixo até que fique caramelizado.
4 – Adicione as rodelas de banana fritas na frigideira com o açúcar caramelizado e misture bem.
5 – Coloque uma fatia de queijo coalho por cima das bananas e deixe derreter um pouco.
6 – Polvilhe a canela em pó por cima do queijo coalho derretido.
Você pode servi-la quente ou fria, com folhas de hortelã para decorar (opcional).
FAQ – Perguntas frequentes sobre a comida nordestina
Quais as características da cultura nordestina na culinária?
A cultura nordestina brasileira é muito rica e diversa, e a culinária é um dos seus aspectos mais marcantes. Algumas das principais características da gastronomia nordestina incluem:
- Uso de ingredientes regionais: a culinária da região Nordeste é marcada pelo uso de ingredientes típicos, como mandioca, milho, feijão de corda, coco, dendê, carne seca, queijo coalho, entre outros.
- Temperos fortes: os pratos regionais são conhecidos por terem temperos fortes e marcantes, como pimenta malagueta, coentro, cebola, alho e colorau.
- Variedade de pratos à base de carne: a culinária regional é bastante diversa em relação aos pratos à base de carne, incluindo carne de sol, buchada de bode, sarapatel, mocotó, rabada, entre outros.
- Uso de frutos do mar: a região nordeste do Brasil é banhada pelo Oceano Atlântico, o que faz com que os pratos à base de frutos do mar sejam bastante comuns na culinária local. Alguns exemplos são: a moqueca, camarão na moranga e ensopado de lagosta.
- Sobremesas típicas: a gastronomia nordestina também é conhecida pelos seus doces típicos, como o doce de jaca, a cartola (banana frita com açúcar e canela), a cocada, o pé de moleque e o doce de leite.
Essas são apenas algumas das características da culinária nordestina. A comida da região é muito variada e rica em sabores, com uma grande influência das culturas indígena, africana e portuguesa.
Quais são as comidas nordestinas?
A culinária nordestina é muito diversificada e rica em sabores e ingredientes típicos da região. Alguns pratos e ingredientes muito presentes na região são:
- Feijão-de-corda: tipo de feijão muito utilizado no Nordeste, principalmente em pratos como o feijão tropeiro e a feijoada nordestina;
- Baião de dois: prato típico da culinária nordestina feito com arroz, feijão-de-corda, queijo coalho e carne seca;
- Cuscuz: prato à base de farinha de milho, muito consumido no café da manhã e em outras refeições;
- Carne de sol: carne bovina salgada e seca ao sol, muito utilizada na culinária nordestina em diversos pratos;
- Acarajé: bolinho frito feito com massa de feijão-fradinho, cebola e sal, muito consumido na Bahia;
- Moqueca: prato de peixe cozido em temperos e leite de coco, muito comum na culinária baiana;
- Bobó de camarão: prato feito com camarões refogados e creme de mandioca temperado com azeite de dendê;
- Sarapatel: prato feito com vísceras de porco cozidas e temperadas com cebola, alho e pimenta;
- Mungunzá: prato doce feito com milho branco, leite de coco e açúcar.
Esses são apenas alguns exemplos de pratos e ingredientes da culinária nordestina, que é muito rica e diversificada.
Qual a comida que o nordestino mais gosta?
O Nordeste do Brasil é uma região muito rica em culinária, com diversas opções de pratos típicos deliciosos. No entanto, uma das comidas mais apreciadas pelos nordestinos é o famoso “feijão com arroz”, que pode ser acompanhado por uma variedade de ingredientes, como carne seca, queijo coalho, macaxeira, farofa, entre outros. Esse prato é considerado uma refeição completa e muito saborosa, e é muito consumido em todos os estados do Nordeste.
Quais hábitos alimentares se destacaram na cultura alimentar da região Nordeste?
A região Nordeste do Brasil tem uma cultura alimentar rica e diversa, que inclui muitos pratos típicos e hábitos alimentares distintos. Aqui estão alguns dos hábitos alimentares mais comuns e destacados na cultura alimentar da região:
- A mandioca é um dos alimentos mais importantes na dieta nordestina. Ela é consumida de diversas formas, como farinha, tapioca, beiju e pirão.
- O feijão é um alimento essencial na culinária nordestina, especialmente o feijão de corda e é utilizado em diversos pratos, como feijoada, tropeiro, feijão com arroz e outros.
- A região Nordeste é rica em frutos do mar, como camarão, lagosta, caranguejo e peixes variados. Esses alimentos são utilizados em diversos pratos típicos, como moqueca, bobó de camarão e ensopados de peixe.
- A culinária nordestina é conhecida por utilizar uma grande variedade de temperos e ervas, como coentro, cebolinha, alho, pimenta e gengibre. Esses ingredientes dão sabor e aroma aos pratos típicos da região.
- A região Nordeste é rica em frutas, como caju, goiaba, mangaba, umbu e acerola. Essas frutas são utilizadas em sucos, sobremesas e compotas.
- A carne seca é um ingrediente muito utilizado na culinária nordestina, sendo utilizada em pratos como carne de sol, escondidinho e buchada de bode.
Esses são apenas alguns dos hábitos alimentares mais destacados na cultura alimentar da região Nordeste. É importante lembrar que a culinária nordestina é muito diversa e variada, com muitas particularidades em cada estado e cidade da região.
O que os nordestinos comem no café da manhã?
O café da manhã pode variar de acordo com as preferências e tradições de cada pessoa na região nordeste do Brasil. No entanto, existem algumas opções de alimentos que são populares no café da manhã nordestino, tais como:
- Tapioca: um prato típico feito a partir de fécula de mandioca hidratada, que é colocada na frigideira e recheada com queijo, coco, manteiga, carne de sol, entre outros.
- Cuscuz: uma massa de farinha de milho ou de mandioca que é cozida a vapor e pode ser servida com manteiga, leite, café ou com outros acompanhamentos, como queijo, ovos, carne de sol, entre outros.
- Macaxeira (aipim): uma raiz de mandioca que pode ser cozida ou frita e servida com manteiga, queijo ou carne de sol.
- Bolo de milho: um bolo feito com farinha de milho, açúcar, ovos, leite de coco e outros ingredientes.
- Café ou chá: bebidas quentes que costumam acompanhar as refeições.
- Frutas: como banana, mamão, abacaxi, manga e outras frutas tropicais que são cultivadas na região.
Esses são apenas alguns exemplos de alimentos que podem ser encontrados no café da manhã nordestino, mas a variedade é grande e pode mudar dependendo da região e dos hábitos alimentares das pessoas.
O que os nordestinos comem no almoço?
A comida nordestina é bastante diversificada e varia de acordo com a região e os costumes locais. No entanto, alguns pratos são bastante comuns na hora do almoço.
Algumas opções incluem o famoso feijão com arroz, carne de sol, baião de dois, cuscuz, moqueca de peixe, galinha caipira, além de pratos à base de frutos do mar como camarão, lagosta e caranguejo.
Também são comuns acompanhamentos como macaxeira (aipim), inhame, batata doce e abóbora.
O Nordeste é uma região muito rica em sabores e tradições culinárias, e cada estado tem sua própria variedade de pratos típicos, que fazem parte da cultura e do dia a dia da população.
Como é a culinária do Nordeste?
A culinária do Nordeste brasileiro é bastante diversificada e influenciada por diferentes culturas, incluindo as indígenas, africanas e portuguesas. Além disso, cada estado e cada região possui suas próprias especialidades gastronômicas.
Conclusão
Ao longo deste artigo, pudemos explorar a riqueza e a diversidade da culinária nordestina, uma cozinha que é um verdadeiro tesouro da nossa cultura e história.
Desde o acarajé baiano até a cartola nordestina, passando por pratos como o sarapatel, a carne de sol com mandioca e o bolo de rolo pernambucano, pudemos conhecer uma variedade de sabores e aromas que fazem da gastronomia do Nordeste um verdadeiro patrimônio do nosso país.
Mas a culinária nordestina é mais do que apenas uma questão de sabores e ingredientes. Ela é uma celebração da cultura, da tradição e da identidade de uma região que tem muito a ensinar ao resto do Brasil e ao mundo.
É uma cozinha que fala da história de um povo que, apesar das adversidades, nunca perdeu a alegria de viver e a vontade de compartilhar momentos felizes ao redor da mesa.
Além disso, a culinária nordestina é uma mostra da importância da valorização da diversidade cultural do nosso país. Cada prato é uma combinação única de influências e tradições, que reflete a riqueza da mistura de culturas e povos que fazem do Nordeste um lugar tão especial.
Por isso, ao experimentar pratos nordestinos, você não está apenas saboreando uma deliciosa mistura de ingredientes e temperos. Você está também entrando em contato com uma história, uma cultura e uma tradição que merecem ser preservadas e valorizadas.
Esperamos que este artigo tenha despertado em você o desejo de conhecer mais sobre a culinária nordestina e de experimentar novos sabores e experiências. E lembre-se: quando estiver à mesa, não esqueça de valorizar não só a comida, mas também a história e a tradição por trás dela. Bom apetite!
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